O dia primeiro de Maio, ou dia do trabalhador, uma homenagem à luta dos trabalhadores por melhores condições de vida e de trabalho, é normalmente comemorado em clima de festa, de união, com muita gente divertindo-se na rua, em fraternal convivência, com saudações efusivas entre todos os que há muito se não encontravam, com muitos apertos de mão e abraços. Este ano de 2020, nada disso é possível, sem desrespeitar o “estado de emergência” devido à pandemia provocada pelo novo corona vírus, causador da Covid-19, que temos vindo a combater.
Em Portugal, todos os portugueses têm sido corajosos, pacientes, resilientes e inteligentes, o que tem permitido obter importantes vitórias nesta “guerra” contra o vírus. Por isso, todos merecem uma saudação neste dia do trabalhador.
Todavia, certamente todos concordarão que façamos uma saudação muito especial a todos os trabalhadores, que têm sido o suporte principal desta luta sem tréguas, que temos travado contra a pandemia. Em primeiro lugar a todos os trabalhadores do SNS (Serviço Nacional de Saúde), os quais, expoente máximo de solidariedade, têm arriscado a própria vida, para salvar muitas outras, depois todos os outros que não puderam deixar de trabalhar, porque era necessário garantir os bens e serviço necessários à vida, nomeadamente os sectores: dos transportes (marítimos, terrestres e aéreos), da energia, da água, da alimentação (agricultura e pecuária, pesca, comércio…), da limpeza e recolha de resíduos sólidos, da segurança (polícias, bombeiros, forças armadas…). Todos estes merecem, além da saudação, o nosso muito OBRIGADO.
Sabemos que este ano não será muito vantajoso para os trabalhadores, antes pelo contrário, tudo faz crer que uma nova crise económica se seguirá a esta pandemia, o que tornará difícil a melhoria das condições pecuniárias, mas isso não invalida a legitimidade dos trabalhadores lutarem por elas, até porque, também sabemos, é nestas alturas que alguns patrões menos escrupulosos aproveitam para sujeitar os direitos dos trabalhadores a uma forte pressão regressiva que não podemos permitir.
Nós continuaremos a reivindicar e a lutar pela salvaguarda dos interesses dos nossos associados, estejam eles a trabalhar no mar ou em terra.
Viva o 1º de Maio!
A Direcção