10/09/2015
A propósito da eventual necessidade de dar um esclarecimento sobre uma ou outra pessoa das que vão surgindo nos artigos brilhantemente apresentados pelo colega Jorge Rocha sob o título de “História do SOEMMM” na secção “Centenário do SOEMMM”, da nossa revista “O Propulsor”, tivemos necessidade de consultar extratos da história do Centro Cultural dos Oficiais e Engenheiros Maquinistas da Marinha Mercante (CCOEMMM), lendo, nomeadamente, as actas das suas assembleias gerais e as do corpo administrativo – nome então dado à direcção do centro cultural.
A acta da Assembleia de fundação do CCOEMMM que, como saberão os nossos leitores, é proprietário de “O Propulsor” reza o seguinte: “No dia 31 de Março de 1949, pelas 22 horas, reuniu-se na sade do Sindicato dos Oficiais Maquinistas da Marinha Mercante, Rua 1º de Maio 76, 1º direito, uma Assembleia de Oficiais Maquinistas da Marinha Mercante com o objectivo da fundação do Centro Cultural dos Oficiais Maquinistas da Marinha Mercante.
Estavam presentes trinta e dois Oficiais Maquinistas, já inscritos como sócios contribuintes do referido Centro Cultural cujos nomes ficam exarados a seguir na presente acta”. António Borges Fernandes, António Pereira Batista, José de Oliveira Junior, Sérgio Monteiro Vilhalva, Francisco Pereira Vinhal, João de Almeida Governo, Victor Louro Ambrioso, José Nunes, José de Pádua, José Dias de Oliveira, Feliciano Ascenso da Costa Seabra, Pedro Gomes Viegas, José António Miranda Gomes, João Neves Dias, João Crua, Felisberto Martins, António Oliveira dos Santos, Francisco da Silva Ribeiro, João Pinto Carreira, António Borges Roberto, Alexandre Augusto Leiro, José Pereira Cravo, Armindo dos Santos, Marcelino Pedro Pereira, José Antunes dos Santos, José Maria Martins, Manuel Stokoe Cristian, Alfredo Jorge, Ernesto Eugénio Ferreira, António Marques Fernandes, Alberto Mendes e Manuel Rodrigues Borges.
A sessão foi dirigida por João Neves Dias, Francisco Pereira Vinhal, ambos com a categoria de Oficial Maquinista de 1ª Classe e João Pinto Carreira, Oficial Maquinista de 2ª Classe.
Para efectivação da fundação a Assembleia foi informada que já se encontravam inscritos naquela data 221 Oficiais Maquinistas, os quais ficavam todos considerados sócios fundadores.
Aprovaram-se os estatutos e elegeram-se os Corpos Gerentes, que ficaram assim constituídos: Corpo Administrativo – Presidente Luís Maria da Silva, Secretário António Borges Fernandes, Tesoureiro João Neves Dias, Vogais Joaquim Rafael e António Trabucho. Mesa da Assembleia Geral – Presidente Feliciano Ascenso da Costa Seabra, 1º Secretário José Dias de Oliveira e 2º Secretário António Cardos da Luz.
Eu realço: 32 presenças na reunião e 221 inscritos como sócios contribuintes do Centro Cultural quando já eram também sócios contribuintes do Sindicato.
Antanho e agora, que diferença!?
As dificuldades dos Oficiais Maquinistas eram bem maiores do que as dos actuais Oficias e Engenheiros Maquinistas, mas o interesse, a participação e a comparticipação daqueles era bem maior do que a destes.
Termino dizendo que concluí não se justificar o referido eventual esclarecimento.