
10/10/16
No passado dia 6 de Outubro, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou, por unanimidade e aclamação, a nomeação de António Guterres como candidato único a Secretário Geral da ONU, a ser eleito pela sua Assembleia Geral, que se reunirá no próximo dia 13 do corrente.
Três em uma, poderá ser uma forma de considerar esta vitória de António Guterres: vitória ao ser nomeado como candidato, vitória por ter promovido a unanimidade e aclamação do Conselho de Segurança, e, vitória da verdade e da transparência contra a tramoia.
De facto, no processo mais transparente e do conhecimento da população mundial de que há memória, no qual houve um conjunto de entrevistas públicas aos candidatos e seis votações todas ganhas pelo candidato português, não há qualquer dúvida que foi uma brilhante vitória pessoal de António Guterres.
Grande foi a derrota infligida à direita negra do parlamento europeu, representada pelo PPE, à Comissão Europeia e seu Presidente Jean-Claude Juncker, à Senhora Merkel, que se julga a rainha da Europa, e uma verdadeira humilhação para a oportunista búlgara Kristalina Georgieva, Vice-Presidente da UE, lançada à última da hora, como estrela desta corte e que não passou do oitavo lugar entre os dez candidatos, ou seja, com menos votos que a sua conterrânea Bukova por si substituída nas boas graças do governo búlgaro.
É muito triste ainda existirem no mundo e na UE, e com peso, aqueles que pensam que é aceitável eles poderem fazer o que nos seus quadros legislativos nacionais está proibido e até criminalizado. Traficar influências, favores e lugares como tem sido feito, até aqui, na eleição para este cargo, parece-lhes normal.
No entanto, estou certo que esta verdadeira vitória da transparência sobre a trapaça irá despertar na opinião pública mundial a ideia de não voltar atrás, de querer que a eleição, para o mais importante cargo mundial, continue a ser como foi este.
Sempre gostei das qualidades principais de Guterres: a sua inteligência, o seu humanismo, a sua preocupação com os outros, a sua capacidade para estabelecer consensos, que são qualidades muito importantes para este cargo. Por tudo isto, e por ser português, fiquei muito feliz e orgulhoso com esta eleição.
É o homem certo no lugar certo!
Para além do prestígio, não sei, nem me interessa, o que Portugal poderá ganhar, mas estou certo, que o mundo tem muito a ganhar com este português.