LIBERDADE E DEMOCRACIA

10/01/17

Liberdade e democracia são duas palavras muito importantes do léxico da maioria dos portugueses, nos últimos dias muito utilizadas tanto na forma escrita como na forma falada e, até mesmo, cantada, sempre associada a uma figura, um estadista, um político de topo do nosso país, da europa e do mundo.

Não sei se existe liberdade sem democracia, mas sei que não existe democracia sem liberdade.

A liberdade significa o direito de agir segundo o seu livre arbítrio, de acordo com a própria vontade, desde que não prejudique outra pessoa.

A filosofia classifica a liberdade, como a independência do ser humano, o poder de ter autonomia e espontaneidade. A liberdade é um conceito utópico, uma vez que é questionável se realmente os indivíduos tem a liberdade que dizem ter.

No nosso caso, enquanto portugueses a viver em Portugal, liberdade significou podermos falar, escrever, criticar, criar sem peias, enfim sermos completos, e isso foi determinante na nossa história próxima, porque antes não o podíamos fazer.

Democracia é um regime político em que todas as importantes decisões políticas pertencem ao povo, que elege os seus representantes por meio do voto.

A democracia tanto pode existir no sistema republicano como no sistema monárquico, onde há a indicação do primeiro ministro que realmente governa. A democracia tem princípios que protegem a liberdade humana e baseia-se no governo da maioria, com respeito dos direitos individuais e das minorias.

Uma das principais funções da democracia é a proteção dos direitos humanos fundamentais, como as liberdades de expressão, de religião, a proteção legal, e as oportunidades de participação na vida política, económica, e cultural da sociedade. Os cidadãos têm os direitos expressos, e os deveres de participar no sistema político que vai proteger os seus direitos e a sua liberdade.

No caso português a democracia veio substituir a ditadura que durante quase cinco dezenas de anos nos oprimiu, cerceando a nossa liberdade.

No dia da partida para a Eternidade do maior estadista português do nosso tempo, Mário Soares, nenhum político, em Portugal, rimou tanto com todas as palavras do Amor e do Ódio. De todas elas, vou agora relembrar apenas duas, essenciais, de que ele foi nosso professor, e das quais lhe teremos de ficar eternamente gratos, Liberdade e Democracia. Mário Soares tornou habitual a liberdade entre nós. Mais do que o sentido filosófico do termo, deu-nos um modo de vida habitual, que temos vindo a usufruir tranquilamente. Obrigado!