MAIS QUE UM DIREITO, VOTAR É UM DEVER

10/05/18

Há 107 anos, em 24 de Maio de 1911, reuniram na sede da Associação de Classe dos Engenheiros Machinistas, na Rua de S. Paulo 79, 4º andar, uma comissão composta pelos Srs. Francisco de Assis Dias, Álvaro Simões Afra e Arthur dos Santos Simões e mais colegas das duas classes: de longo curso e fluviais, a fim de se assentarem as bases para a formação da associação de classe. Depois de várias opiniões ficou deliberado que dessa Associação só fariam parte os profissionais do longo curso, ficando a designar-se por “Associação de Classe dos Machinistas Mercantes”.

Seguiu-se então um sinuoso e difícil percurso, até aos dias de hoje, de serviços prestados ao país e à Classe dos diplomados em máquinas pela Escola Náutica, pela Escola Náutica Infante Dom Henrique e pela Escola Superior Náutica Infante Dom Henrique. Ao longo destes 107 anos o Sindicato dos Oficiais e Engenheiros Maquinistas da Marinha Mercante (SOEMMM), actual nome da organização, valorizou e promoveu o prestígio da Classe, que hoje continua a estar muito bem vista e considerada pelo mercado de trabalho. Está a comemorar este ano o seu 107º Aniversário.

Há já 70 anos, os sócios do SOEMMM, criaram, em 1948, o Centro Cultural do Oficiais e Engenheiros Maquinistas da Marinha Mercante (CCOEMMM) com objectivos culturais, desportivos e recreativos. E

Há 39 anos, em Janeiro de 1971, o CCOEMMM criou uma revista técnica designada por “O PROPULSOR” e, desde aí, tem vindo a assegurar a sua publicação pontual e regular: primeiro, até dezembro de 2015, foram editadas, regular e continuamente de 2 em 2 meses, 256 revistas em papel, depois, a partir daquela data passou-se a editar apenas electronicamente, mas com regularidade mensal, tendo até hoje publicado 41 revistas.

É este legado, esta herança, que os actuais oficiais e engenheiros maquinistas têm a responsabilidade de passar às gerações vindouras.

Se lermos o artigo do colega Jorge Rocha, na secção centenário do SOEMMM, na presente edição, verificamos que também naquela altura havia dificuldades para arranjar substitutos para dirigir o sindicato, nomeadamente o secretário permanente que antes se chamava “Delegado”. Por isso, só temos é de arrebitar a cabeça e seguir em frente na procura quem possa receber o nosso legado, substituindo os Corpos Gerentes que no próximo dia 29 de Maio irão, uma vez mais, sujeitar-se a sufrágio, na eleição que irá decorrer para o triénio 2018/21.

Apelo a todos que participem neste acto tão importante na vida de uma organização. Há muito se conseguiu o direito a votar livremente, mas esse direito arrastou consigo um não menos importante dever, o de votar.

É por isso que digo, mais que um direito, votar é um dever!