COMPETE-NOS LUTAR PARA REDUZIR AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E MINORAR OS SEUS EFEITOS.

10/07/18

Nos Estados Unidos da América temperaturas na casa dos 50 graus centígrados têm sido, nos últimos tempos, suporte de incêndios florestais, que os maiores especialistas (lembremo-nos que há meses esteve cá um desses especialistas, que além de nos chamar incompetentes, nos disse que lá na USA é que se sabe apagar incêndios) não conseguem apagar.

No Japão, segundo os noticiários, já morreram em poucos dias mais de 80 pessoas, sendo que se considerarmos que mais de 4 milhões e meio de pessoas foram deslocadas por efeito deste fenómeno, facilmente admitimos que os mortos possam ser ainda mais.

Na Tailândia, centenas de pessoas e organizações esfalfam-se para tentar salvar um grupo de crianças, futebolistas, e o seu treinador, que se encontram retidos numa gruta a cerca de 4km saída impossível de alcançar pelos seus meios, que ficou tapada pela enchente de água das fortes chuvas que se fizeram sentir. Os próprios salvadores têm dificuldade em lá chegar e todos temem que a chuva continue e impeça mesmo o salvamento de todas as crianças.

Barack Obama, ex-presidente dos EU, deslocou-se ao Porto para participar como orador na Conferência Climate Change Leadership Porto 2018, no Coliseu, (cobrando a módica quantia de 500.000 €, qualquer coisa como 250.000 por hora, e o que terá vindo dizer-nos é que “não há muros suficientemente altos” que possam travar e parar a invasão de moles humanas com fome e sem conseguir nos seus habitats satisfazê-la.

Temos estado a assistir a isso, registando, diariamente, dezenas ou centenas de mortes no mar, de milhares dessas pessoas que em desespero aceitam todo o tipo de riscos para chegar onde supõem poder satisfazer essa fome.

Não é só da guerra que fogem esses desesperados migrantes, é também do deserto, que continua a crescer sem intervalo. Deserto de areia, deserto de alimentos, deserto de água, deserto de plástico, deserto de condições para viver…

O que é que todos estes casos, aparentemente tão díspares, têm em comum, perguntará o leitor? O que têm em comum são as suas causas, as alterações climáticas, que alguns dirigentes importantes do mundo teimam em rejeitar que existem, chamando-lhe invenção de alguns cientistas, e outros não ligam o suficiente aos perigos que aí vêm.

Os países ricos devem moderar o consumo e com as poupanças ajudar os agora desesperados migrantes, criando condições nos seus habitats para que lá possam viver. Não de trata de uma despesa, mas sim de um investimento, com resultados para o mundo e todos os seus habitantes.

Compete-nos lutar para reduzir as alterações climáticas e minorar os seus efeitos.