LISBOA CAPITAL VERDE EUROPEIA

10/12/18

No passado dia 3 de Dezembro, saiu de Lisboa com destino a Katowice, na Polónia, onde decorre de 3 a 14 do corrente a COP24 – 24.ª Cimeira das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, uma missão ambiental designada “COP By Electric Car”. Trata-se de uma viagem inédita e experimental num veículo 100% elétrico.

Esta aventura de 3.000 quilómetros pretende demonstrar a viabilidade do modo elétrico na Europa, apresentando ao mesmo tempo as suas limitações atuais.

Contando com o apoio institucional da Câmara Municipal de Lisboa e da Agência Portuguesa do Ambiente, esta iniciativa pretende também chamar a atenção da opinião pública para os desafios da descarbonização em Portugal e na Europa.

A 24.ª Cimeira das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas é um tema muito importante, mas dele teremos tempo de falar quando as suas conclusões forem conhecidas. O que ressaltou desta iniciativa foi um acontecimento noticiado a meio deste ano, que, provavelmente, muitos dos nossos leitores nem terão dado por isso. Refiro-me ao prestigiante prémio atribuído a Lisboa, classificando-a como CAPITAL VERDE EUROPEIA 2020.

Na corrida para o prémio de 2019 a nossa capital já tinha sido finalista, mas perdeu para Oslo. Todavia, continuou a “correr” e no prémio para 2020 ganhou o primeiro lugar, deixando pelo caminho as outras duas finalistas: Ghent e Lahti.

Para a atribuição deste prémio, o júri considerou que Lisboa – que iniciou o seu caminho rumo à sustentabilidade durante um período de crise económica – pode ser uma inspiração e um modelo para muitas cidades em toda a UE, demonstrando claramente que a sustentabilidade e o crescimento económico andam de mãos dadas.

O painel de peritos salientou que Lisboa é particularmente forte no domínio do uso sustentável da terra, da mobilidade urbana sustentável (transportes), do crescimento ecológico e da inovação ecológica, da adaptação às alterações climáticas e tratamento dos resíduos.

É grande a importância deste tipo de distinções, as quais aumentam a responsabilidade dos distinguidos, motivando-os a fazerem mais e melhor. Por outro lado, mobilizam os cidadãos para fazerem parte do processo, não apenas como observadores e usufrutuários, mas também como participantes executivos.

Compete-nos a nós, cidadãos, contribuir com o que pudermos para melhorar o ambiente, a qualidade do ar que respiramos e da água que bebemos e reagir às alterações climáticas.