PREOCUPAÇÕES

10/09/18

Hoje, dia 10 de Setembro, quando faltam 112 dias para terminar o ano, quando eu tento, sem conseguir, arranjar um tema para escrever esta nota de abertura, por esse mundo fora realizam-se cerca de 600 atividades em 70 países para se conseguir salvar vidas. Em Portugal a Sociedade Portuguesa de Suicidologia organiza colóquios com a colaboração da Direção Geral de Saúde, para comemorar o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, que foi criado em 2003 pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio e pela Organização Mundial de Saúde.

Se considerarmos que todos os anos morre um milhão de pessoas por suicídio no mundo e ocorrem entre 10 a 20 milhões de tentativas de suicídio por ano e que por cada pessoa que morre, outras vinte tentam o mesmo caminho, percebe-se bem a importância desta comemoração.

Todavia, mais importante do que as comemorações é sabermos que podemos ajudar a pessoa que se encontra a passar por tais dificuldades. Dizem os especialistas que não devemos ter receio de perguntar se a pessoa está bem e se tem pensado na morte para resolver os seus problemas, que devemos disponibilizar-nos para a ouvir sem julgar, que devemos mantê-la por perto fazendo-a sentir segura, dê-lhe apoio, ajude-a a pedir ajuda, acompanhando-a.

Além disso, dizem também os especialistas, não esquecer, que o processo é tão traumatizante para quem tem a doença, como para os que estão por perto a tentar ajudar, movendo forças e fundos na tentativa de ajudar um amigo, familiar ou colega.

Nesta edição da nossa revista chamo a sua atenção para um importante artigo em que abordamos a importância da cooperação mundial para resolver problemas como o que temos vindo a atravessar com a diminuição da “camada de ozono” imprescindível à vida. Hoje considera-se que se a batalha pela recuperação da camada de ozono representou um sucesso notável e nós desejamos que a mesma mobilização tem de ser conseguida em defesa do clima, dos oceanos, dos ecossistemas e das espécies em vias de extinção.

Ter feito este realce ao artigo do ambiente não significa menos apreço ou consideração sobre os outros também importantes e merecedores da sua atenção, simplesmente não havia espaço para poder referir todos.

Termino com uma boa notícia. Um grupo de cientistas chineses desenvolveu um novo tipo de plástico que se decompõe naturalmente em água salgada. O objetivo é diminuir a poluição marítima causada por este tipo de desperdício.

Segundo a agência noticiosa Xinhua, o novo material é uma espécie de poliéster composto, que se decompõe em água num período que vai de alguns dias a alguns meses. O que fica para trás são moléculas que não causam qualquer poluição, segundo Wang Gexia, um engenheiro sénior no Instituto Técnico de Phisica e Química da Academia Chinesa de Ciências. Os engenheiros começaram a trabalhar neste problema quando descobriram que os plásticos biodegradáveis em terra firme não se degradavam facilmente no mar.